quarta-feira, 16 de setembro de 2009



Na manhã seguinte, quando acordei, era como se algo tivesse sido tirado de mim. Ela me deixou só com a imagem do seu belo rosto, um par de meias finas esquecidas no chão do banheiro e uma incerteza cravada no peito. E dói. Como dói. Não posso ser culpado da minha tentativa frustrada de ser feliz ao menos por um instante. Não foi fácil, não tenho forças suficientes para lutar contra a paixão. Sinto saudades do seu sorriso e do meu riso quando ela está por perto. E eu que sempre tive tudo o que quis, pela primeira vez experimentava a sensação de algo me ser tirado à força. Eu que sempre ia embora deixando um coração partido, sinto o meu se quebrar aos poucos a cada ausência dela. Eu que estava acostumado a ganhar, sinto todos os planos traçados numa madrugada de um quarto de hotel se escorrendo por entre meus dedos sem que eu possa lutar, não tenho mais forças. Dela só restou uma fotografia meio borrada. De nós, nunca houve algo que pudesse restar.

2 comentários:

Fernanda Fassarella disse...

Olha só! Vim agradecer sua visita e o que encontro? Belas palavras! Agora, quero acompanhar suas letras! Permita-me...

=)

Ludmila Clio disse...

É... o mundo dá voltas... um dia, a gente perde o controle da situação e é engolida pela nova realidade... belo texto!!